Ainda em choque, não há como estimar o tamanho do estrago que o acidente aéreo que vitimou a Chapoecoense irá deixar na cidade do Oeste catarinense. O fato é, que desde ontem, tivemos um divisor de águas no esporte brasileiro. Que essa tragédia sirva para nos unir cada vez mais em pról do nosso futebol, e que, não esperemos outras tragédias para sermos solidários e solícitos com quem precisa, isso dentro do esporte ou em qualquer outro setor da sociedade.
Quantas vezes choramos por ver nosso time perder, agora imagine chorar por perder o próprio time. É inenarrável algo desse tipo.
Ontem em meu facebook pessoal compartilhei um texto, onde escrevo que eu minha namorada estivemos em 34 jogos do Inter este ano, estando ausente do Beira-rio em raras exceções. Explico que o futebol é nossa alegria, que está marcado em nossa pele e na nossa alma, e por isso nos atingiu tanto a tragédia com a Chape, assim como em qualquer amante da bola. Segue o texto que compartilhei:
"Eu e a Bruna fomos a 34 jogos do Inter este ano. Fizemos o possível e o impossível para estar na arquibancada, onde esquecemos nossos problemas e nos libertamos para um mundo onde apenas o balanço da rede importa. Por levar tão à sério, às vezes ignoramos corneta de quem não encara a bola como nós. Obviamente o ano vermelho não foi bom, e pode acabar de uma maneira melancólica. Porém para nós, que vivemos o mundo da bola, 24 horas por dia, o dia 29/11/2016 se juntou ao dia 07/06/2014, quando nosso capitão nos deixou, e nenhuma divisão irá ter a audácia de postular os dias mais tristes da nossas vidas nesse meio do futebol. Somos mais que 90 minutos. Temos o futebol marcado na pele e na alma. Nós somos a Chapecoense no dia a dia, quando queremos vencer no meio dos gigantes, nós somos a querida Chape quando saímos de baixo para conquistar aquilo que almejamos todo dia, e por isso hoje estamos tristes, mesmo que o vermelho esteja tão longe do verde do oeste catarinense.
Se futebol é só um esporte, música é só um ruído."


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