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Agora é vez de Marcelo Medeiros. O que esperar?
Aliás, não é a toa que somos o Clube do Povo. Temos origens humildes, decidimos ser populares em uma época em que o futebol,vejam que absurdo, era um esporte para poucos. Enfrentamos diversos preconceitos para que a chinelagem pudesse fazer a sua festa na saudosa Coréia.
Mesmo após a extinção do setor, foi o povo quem empurrou o Inter para as suas maiores conquistas. No Gigante, até mesmo o torcedor mais humilde, que não tinha nada, poderia ostentar, por um breve momento, ter tudo.
Hoje, nosso estádio está moderno: no padrão-europeu, com cadeiras sofisticadas e camarotes luxuosos. No museu, todas as taças. E, pouco tempo atrás, ostentávamos aos quatro ventos o título de Campeão de Tudo. De fato, ainda somos.
Porém, Marcelo Medeiros não poderia começar melhor a sua gestão do que resgatando o slogan de Clube do Povo. O Inter passará por um momento difícil. O mais difícil de sua história centenária. É preciso ter os pés no chão e nos recordarmos daquilo que realmente é fundamental ao clube: sua torcida.
Inclusive, faço um apelo ao Presidente: não se contente apenas com um slogan. Baixe o preço dos ingressos que prometemos o estádio lotado e o acesso no fim do ano.
Porque, agora, pouco importa se já derrotamos o Barcelona, se já copamos a Bombonera ou se alguma vez pisamos e rasgamos a camisa do campeão mundial São Paulo. Não vai ser com a soberba de um carteiraço que sairemos da segunda divisão. Será com a força de um povo capaz de erguer até um estádio sobre as águas.
Os títulos, portanto, nos fizeram grandes, mas ao lado do nosso povo sempre seremos gigantes.
Saudações coloradas.

Bruno Santos é colunista do Catimba Colorada desde janeiro de 2017.


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