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O dia que o Gigante falou.

Hoje o Beira-rio falou. O clima tenso, a angustia expressada no rosto de cada colorado e a iminente queda, fez o Beira-rio se expressar. Nunca o vimos do jeito que ele estava nessa tarde chuvosa de domingo. O palco que vibrou com todas as taças possíveis nesse planeta quebrou o silêncio.


Um aparato militar digno de invasão da Normandia não o intimidou. Ele cuspiu fogo pelo sinalizadores, deixou rolar as lágrimas pelas bobinas de papel e quando tudo parecia um filme repetido de todo sofrimento que seus fiéis passaram durante ano ele disse: 

- Hoje não!

O templo estava invocado por todo clima melancólico depositado durante meses, e indignado com uma nova barreira imposta ao seu povo que teve que ficar um pouco mais longe do gramado, sob o olhar intimidador daqueles que deveriam proteger seus fiéis. Hoje o Beira-rio foi um tapa de luva naqueles querem americanizar o nosso futebol de domingo.

O Gigante sabe que a batalha é complicada, que as chances são mínimas, porém ele precisava lavar a alma. Ele precisava ter uma tarde emocionante com o seu povo depois da noite triste que tivemos contra a Ponte Preta. Você acha que a aquela imensidão verde se abriu para um prata da casa decidir o jogo por acaso? O Beira-rio é sábio, senhores. 

Vamos decidir no Rio de Janeiro, no eterno maior do mundo, com os olhos em Salvador. Mas hoje, no apagar das luzes do possível momento mais triste da história colorada, o Gigante falou, e nos deu uma amostra ferrenha do porque que amamos o vermelho e branco com o SCI entrelaçados no peito.



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