"Em um futuro próximo:
"- E neste momento, visivelmente emocionado, Andrés D'Alessandro deixa a coletiva de imprensa que anunciou sua saÃda do Sport Club Internacional."
D'Ale sai, recebe abraços intermináveis, palavras de carinhos aos montes e entra em seu carro. Ele chega ao aeroporto onde uma multidão o aguarda. É colocado nos ombros de um torcedor. Todos cantam. Todos choram. Recebe a camisa de uma torcida do clube, o boné de outra, e chorando copiosamente diz com o seu portunhol inconfundÃvel : "- eu volto al club algun dÃa".
1 ano depois.
Temos Inter Vs Um Qualquer no Beira-rio. O Estádio vai enchendo. O cheiro do gramado e da pipoca se misturam e a academia do povo pisa no gramado.
Jogo começa e o time colorado, como numa sina secular, patina. Falta algo, falta a referência e principalmente falta a revolta. Alguém exclama: "Cadê a vontade?". Outro se indigna: "Cadê a revolta desse time?". Outro não menos possesso solta: "Falta o sangue no olho e a técnica de um 10." Quando um saudosista diz: "Que falta faz "um" D'Alessandro neste time."
E sempre fará falta."
Bueno, o tempo passou e aconteceu o que escrevi. Porém, agora, é cada mais vez mais forte o retorno do gringo. Vamos voltar a ter a referência, pois Andrés é um Ãcone do Internacional. AlÃas, não somente do Inter, mas sim do Brasil. Nós éramos o Inter de D'Alessandro, nos tornamos o Inter de PÃffero. Uma pequena diferença, não?
Ele foi um de nós em campo, um indignado que habitava as 4 linhas e que sentia vergonha de perder. Vergonha não por ser mau perdedor, mas sim por querer fazer a nação que o ama feliz sempre. É, senhores, éramos privelegiados por ter um camisa 10 ferrenho nos defendendo. Quantas vezes em 2016 vimos algum jogador vermelho indgnado com a derrota? Faltou ele.
Então, nesssa volta, peço apenas uma coisa aos colorados: Vamos andar junto com ele. Somos privilegiados de estarmos vivendo na época de D'Alessandro no Internacional. D'Ale briga, chora e esperneia. Odeia perder, assim como eu e você. Ele fica indignado com erros e injustiças contra a camisa vermelha, assim como você e eu. Ele é intenso. Flauteia, xinga e é campeão. Ergueu as 3 taças maiorais da América com a camisa rubra. É temido por quem afronta o manto centenário. Queixo erguido, olhar no horizonte e as tatuagens como armadura. Gauchito Gil anda na sua canhota. Carrega o fardo da vitória, carrega o fardo da derrota. Ele te olha no olho. Fala contigo como se estivesse falando com um velho amigo colorado. Vende camisa, vende jornal e rende cliques. É notÃcia! Todos os oponentes amam odia-lo. A Metade menos um deste estado sente dor ao ouvir seu nome. Ele dói.
Vamos viver com ele o restante desse tempo. Vamos abraçar nosso capitão. 1, 2 ou 3 anos? Não sei. O tempo que for, esse Ãcone merece o respeito do povo colorado até o final. Muitos o queriam. Ele nos quis. Ele ama o Inter, não menos que eu, não menos que você. Vamos o alentar nos momentos de exaustão, onde as pernas não seguem o ritmo do pensamento.
Falcão, o Bola-Bola fenomenal, Fernandão o capitão planeta e Figueroa o xerife dos andes. Agora, na mesma estante, temos o Cabezón de la Paternal. Temos a cria das ruas melancólicas de Buenos Aires. Temos Andrés Nicolás D'Alessandro. Vamos aproveitar enquanto há tempo.
D'Alessandro, teu bando te espera, como se essa espera de 10 meses fosse secular. Estamos feridos, mas não mortos. Tua energia vai ser nosso alicerce para nos reerguer.
Te esperamos, da maneira mais sincera possÃvel.


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